A grande questão dos cúmulos da vaidosia é requerente: Finalmente para que serviu tantas e tantas, por finalmente terminar num esquife a caminho da eternidade, sendo detestado pelo seu próprio povo?
A outra questão seria, a ambivalência entre o que se Leva e o que se Deixa/Legado. Sabemos que o mero (a consideração pela pessoa) que se Deixa, nesse caso, refiro ao legado Humano e ação Política na suposta construção da sua sociedade/país (o que os incumbe) desfaz-se com o tempo, o que ajuda a deslizar para nulidade e esquecimento eterno.
Nesse caso, tanto a acção Humana como a Política, serão fracassos que retrogradam aquilo que em nome da lei, era suposto zelar e defender. Ao que se Leva, se ainda algo se leva, pois levamos sem consentimento nenhum, é pura e simplesmente o corpo e a alma.
Há quem dúvida das almas. Para essa categoria ideológica, só o corpo à eternidade vai. Para os crentes, ainda ansiosos à espera dum mundo ou paraíso novo ficarão à espera.
Ao meu ver, não acredito que pessoas desse brilho, merecem o paraíso. Se é que existe. Também me questiono. A consequência que se Deixa, torna puramente um calvário ao povo que outrora berrou estimas à essas personagens.
Toda a sociedade se refunda, se reconstrói, pagando com sangue e suor, as loucuras dos ditos potentes, sem qualquer sobressalto de paz ou felicidade. Isso não se ganha rezando à Deus.
O que se deveria Deixar (legado) à sociedade em questão, para um político culto e honesto, é talvez a loucura de ser gabado do bem feito, da exemplaridade, da honestidade, do pragmatismo, da transparência… que assim sirva à sua terra, ao seu continente, ao mundo além…
O Mobutu morreu tristemente… O Bokassa morreu tristemente… O Ben Ali/Tunísia morreu tristemente… O Kadhafi morreu tristemente… O Robert Mugabe morreu tristemente… O Nino Vieira morreu tristemente… A lista é longa.
Concluindo: Para que serve tanto, se finalmente o tanto fica? O José Eduardo dos Santos entra no campo da eternidade legando ao povo só conquistas ferrenhos e desejo-os (angolanos), boa sorte.
Diz o proverbo: Cá se faz, cá se paga. Deveriamos mesmo cá pagar, antes da incognita.
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Este é um texto bastante profundo! Tive que ler duas vezes para “captar” algumas passagens.
Parabéns aos dois artistas/escritores!
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